O processo da Bomba – Parte 1 – Motivos

Este post é pra deixar claro o processo de bomba de insulina pelo Governo do Paraná

Estes são os passos que eu segui e consegui minha bomba em menos de 90 dias.

Esta é a parte 1, tenha certeza que você precisará dela para seguir.

 

Se você chegou até aqui provavelmente ja ouviu falar de “Bomba de Insulina” e deve estar curioso a respeito.

Você deve ter ouvido falar a respeito da bomba como a ‘Salvação do Diabético’ e eu ouso a dizer que NÃO é.

A Bomba é um facilitador, um meio de melhoria no tratamento mas, ela não faz nada sozinha.

Antes de usá-la você deve entender que, se continuar na ‘preguiça‘ de estudar a contagem de carboidratos à fundo, talvez ela não seja uma opção para você. Se você espera que a bomba vai te dar uma glicada de 5.5% automaticamente, talvez ela não seja uma opção para você. Se você acha “cool” usar uma bomba de insulina, desista, ela é chata, enrosca, faz bips constantemente, incomoda pra dormir, enfim, ela não é uma opção pra você.

Quem define se a bomba é uma opção pra você é seu Médico, e somente ele é capaz de decidir sobre isso, baseado no seu histórico médico, no seu comprometimento com o controle da sua diabetes.

Bom, passando esse prelúdio, vamos ao processo e o porque dele.

Eu fui diagnosticado em 2010 e desde então usei Lantus e Apidra, no inicio do tratamento eu usava 18ui de Lantus e mantinha um bom controle, fazendo correções duas ou três vezes ao dia, sem contagem de carbos. Como a vida não é um mar de rosas, este numero de ui foi aumentando gradativamente e sem parar até que em 2015 eu usava 60ui pela manhã e mais 10ui no fim do dia.

Não bastasse isso, o tal fenômeno do alvorecer e as hipos noturnas eram cruéis comigo, ainda são, na verdade, como exemplo,  eu me deitava com glicemia de 105, as 3hs da manhã tive uma hipo de 62 e as 6:40 eu tinha 165. Veja o estrago que isso faz na pessoa!

Os danos foram grandes, tireoide, fígado, rins, todos os meus órgãos sentiram, o humor vira uma montanha russa e não é fácil se relacionar com as pessoas.

Diante disso, em 2016 eu tomei medidas drásticas, a primeira: troquei a médica que me acompanhava desde o diagnóstico – um amor de pessoa, consulta que durava 1h, 1:30h, a médica mais pontual que eu conheci – mas, não me dava aquele punch, o empurrão que eu precisava para baixar a glicada dos 12% e diminuir a dose mortal de insulina que eu estava injetando.

No Centro médico que procurei, ja na primeira consulta tive uma entrevista com a nutricionista que também é educadora em diabetes para um fabricante de bombas de insulina e ela me apresentou esse aparelhozinho. BUMM, ja gostei, mas, não era pra mim por um simples motivo: eu não tinha um bom controle de medições de glicose, não contava carbos e não era disciplinado então, foi me oferecido: controle-se, discipline-se e diminua sua glicada um pouquinho que testaremos a bomba.

E assim, em março de 2016 eu tinha a glicada de 9.8% e em agosto do mesmo ano, 8.4%

Objetivo atingido, vamos testar a bomba.

Continua………………….

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Ilicilho Netto Escrito por:

Sou diabético a 11 anos, usuário de bomba de insulina. Cozinheiro por paixão. Especialista em Segurança Cibernética. Motociclista, piloto de uma Road Glide Ultra. Apaixonado pela vida, fiel aos que me norteiam. "Sangue no olho e rock na veia, gasolina no tanque e insulina no corpo."