Tinha um objetivo: a cada HD revisitar o Rio do Rastro. Até agora, cumprido à risca e belos dias de Sol.
Sem planejar muito, saímos na quinta pela manhã e pegamos mais de 50km de congestionamento ja na saida de Curitiba, desde o portal de São José dos Pinhais até o pedagio de Joinville com transito parado. Eu respeito muito o corredor e os classifico de duas formas: Corredor vivo, que é quando há movimentação de veículos de forma mais lenta e corredor Morto, que é quando o transito está totalmente parado. Tenho medo dos dois mas o primeiro é muito perigoso pois, muitos motoristas trocam de faixa de forma abrupta e sem sinalizar, facil facil a moto e o motociclista podem virar mosquito morto no carro. Tragédia e fim de viagem. Optei por seguir pelos corredores de forma cautelosa com mão na buzina e os strobos da moto sempre ligados. Fomos bem e logo chegamos em Joinville.
De Joinville a Balneario novos trechos congestionados mas a viagem seguiu pelos corredores, ainda de forma cautelosa e sem problemas.
Proximo a praia do Rosa novamente um alto fluxo de veículos e novos corredores, vivos e mortos. Lá se foram 450km até Tubarão onde pudemos comer algo e recarregar as energias.
A ponte de Laguna é um show à parte e pouco depois chegamos na divisa de estados com o Rio Grande do Sul. Torres na proa e logo em frente o acesso para a famosa Rota do Sol.
O nome faz jus à estrada que, coberta por um sol estontiante e sem nuvens nos propiciou um cenário dos mais belos filmes no estilo Easy Rider.
Ao cair da tarde chegamos a Canela. Haviamos reservado um Hostel e estava com medo do que iria encontrar no fim, uma simpática casa com muitos outros viajantes e uma Sra Gaúcha muito simpatica nos recebendo.
– Bahhh, eu fui ‘motoqueira’ a vida toda, que moto linda, Tchê! – Disse dona Dalva, gaúcha de Bagé que vive na serra.
Ja era fim de tarde o dourado do sol se pondo encheu nossos olhos numa maravilhosa tarde de feriado. Banho rápido e partimos para Gramado, distante a 5km dali. Tantamos ir de Uber mas a estas horas era impossivel, queriamos provar os vinhos da serra mas ir de moto seria impeditivo, não teve jeito, sem uber disponível, fomos de moto e o vinho ficou somente nos planos de viagem e sem concretização.
Realmente o Natal de Luz tem muita luz, a cidade é realmente bonita mas é o tal turismo de abastado, tudo é muito muito caro e o turista é sempre explorado de alguma forma, a começar por uma aguá mineral a R$8.
Perdemos o desfile de Natal mas não perdemos um bom Fondue típico da serra gaucha;
Tanto nos falaram dos passeios no “BUS” pela cidade mas no dia seguinte optamos por conseguir um mapa e rodarmos de moto mesmo afinal, já tínhamos rodados mais de 800KM pra chegar até ali, mais um dia em cima da moto seria apenas complemento de uma viagem emocionante.
O dia começou com um sol para cada canela, com o perdão do péssimo trocadilho, e estava excelente para conhecer os pontos turísticos da região.
Corremos as atrações “principais, passando pelo Museu de Cera, Harley Motor Show, Hollywood Cars e Super Carros. Confesso que meu maior desejo era um dos cafés coloniais e que mas uma vez, furou meu roteiro e não conseguimos ir.
A noite ainda rendeu mais um passeio por Gramado e, na esperança de conseguir um lugarzinho no Hard Rock Café, nos deparamos com uma fila quilométrica, azar o nosso, que chegamos na cidade justo no dia da abertura do Natal de Luz.
Na manhã de sábado nos ajeitamos à moto, tudo certo para a segunda parte da viagem, que postaremos em breve.
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