Talvez uma das maiores dificuldades do diabético é ter de se regrar a horários, dietas balanceadas, exercícios e estas coisas que fazem parte da nossa doce vida.
Quando comecei a rodar a minha maior preocupação eram os eventos de hipo e hiper glicemias, principalmente as hipos. Eu tenho hipo assintomática, só a percebo quando ja está no meu limite entre o consciente e as pernas bambas, combine isso com um motor potente a mais de 100KM/h e temos o prelúdio da desgraça.
Queria rodar, rodar sem limitações sem os grilhões da insulina me prendendo, quero rodar livremente sem amarras, nada me prende ou, não deveria me prender.
Esse desejo de rodar mais livre foi possivel graças a tecnologia médica. Eu sempre digo, pra mim, professores e médicos deveriam ser o topo da sociedade – OK, somente médicos que não se autointitulam doutores – estas pessoas tem meu respeito pela dedicação e comprometimento.
Dois anos atrás duas pessoas sensacionais entraram na minha vida diabética, a nutricionista Heloisa e o médico endocrinologista Claudio, eles me apresentaram ao meu “pager”, minha bomba de insulina e ela me permitiu, com algumas poucas exceções, rodar com menos limitações.
A bombinha vai no bolso, fiel e eterna companheira, meu pâncreas com pilhas, o pedacinho “iron man” que existe em mim.
Pude rodar quase 3600km em 4 dias sem qualquer contratempo, sem aquela pira de comer na hora certa, furar o dedo e tantas outras coisas que só faz revoltar o diabético.
Veja a minha viagem com a bomba aqui nesse link > Rio do Rastro de 883
Depois do desafio do Rio do Rastro, tive mais confiança em viajar com a Bomba.
Meu diabetes ja não me limita, não tenho medo de “apagar” em cima da moto.
Se você quer saber como consegui a bomba de insulina, veja estes dois textos: Bomba 1 e Bomba 2
Veja também o meu instagram: Sobre Bacon, Moto e Pug
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